Abrigo
Se me amas, mostra-me a face
Não escondas o teu querer
Não removas do peito tal cálice
Não espere que a lua desfile suas fases
Se me queres, mostra-me o teu ser
E removas do teu dizer todos os quases
Se me desejas, que seja agora
Enquanto o mel da tua boca ainda sinto
E o teu olhar sobre o meu ainda vigora
Se, querido, ainda te desperto
Não deixes que o trilho
Se transforme em labarinto
Devolve-me a certeza
De que és meu verdadeiro abrigo.