Planta e gente
Há que se avaliar como se sente
A natureza, em singela majestade
Que viçosa enfeita o planeta Terra
Tece o destino devagar, suavemente
Acolhendo em seu seio a humanidade
Na imutabilidade que ela encerra
O reino vegetal em tons dos mais variados
Vai mesclando cores entre a Terra e o céu
E estabelece elo com o Criador
No entanto é um reino imóvel, paralisado
Sem possibilidade de movimentar-se por si só
Estando a mercê de quem lhe fizer esse favor
O ser humano que divide com a planta o mesmo espaço
Não se da conta da riqueza que o rodeia
Nem mesmo atina toda sua importância
Inquieto agita-se e provoca só cansaço
Leva a rotina de qualquer maneira
E a brincadeira o distrai da inconstância
Há um ponto comum entre planta e gente
Algo que anula o diferente
Presente em todo o universo
Essa essência de vida natural
Une e harmoniza todo desigual
Na simetria de um longo verso
Planta e gente não são diferentes
Apenas se comportam como tal
Na loucura que permeia o dia a dia
Planta e gente formam uma corrente
Invisível, poderosa e imortal
Condutora de luz e calor
Por onde se expressa a energia
Magia transmutada no amor.
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas