100 RAZÃO


Com a razão, a razão me perdia
quanto mais perdida, mas irracional eu me fazia
Depois de já entregue ao meu desejo
que me parece o tudo que já não vejo
quase todo nele convertido
tão contente fiquei de ser perdido
Bebendo este doce e suave engano
é que percebo qual tolo dano
meu gesto de amor insano
Neste apocalipse de amor me esculpindo
dentro d'alma a flor submergindo
a mansidão em graça, um doce sorriso
da beleza, a gravidade, restaurando o siso
os olhos rutilando um brilho vivo
neste meu ardente vento festivo
a me dar desgosto a liberdade
me ilustrando a devassa mocidade
a suspirar encantos nesta tal "felicidade".

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/12/2010
Código do texto: T2648260
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