poesia DO HOMEM DE NEGÓCIO...
“Seja em que poesia for, o caos deve transparecer sob o véu cerrado da ordem.”
Novalis, Friedrich
No jardim da casa grande da avenida central
um homem sisudo caminha prá lá e prá cá...
Na cabeça, equilibra os problemas do mundo.
No olhar, nem um pouco do verde da ramagem.
O vento que sopra não faz sopro no seu rosto.
Apenas incomoda a inquietude negocial que
ele trás sempre nos ombros e no semblante...
Caso de quem há muito se tornou impassível.
Nos momentos em que há um pouco de calma
pesam no corpo e na alma os martírios da vida.
As alegrias não vividas e a saudade infinita
do tempo que passou e não volta jamais,
passam agora voando,
se segurando nas asas