EI, DEUS!
Muitos foram proibidos de falar sobre ti.
Outros te odiaram sem motivos, não te conhecem.
Milhares lotam lugares para te adorarem.
Não sabem o que fazem.
A pedra de Lázaro ainda está no mesmo lugar.
Ninguém mexeu nela até hoje.
As mãos se cansam de segurarem sua fé.
O homem não crê em ti.
O vidente viu:
Havia catedrais de cristais,
Liturgias em jornais,
Missas no rádio,
Televisão, dinheiro, e céu.
O bobo da corte jogou-lhe uma pedra,
Tiro certeiro, não restou um caco inteiro.
Pobre fé sem coração.
Ele amou o africano,
Não abandonou o haitiano,
Come com os ciganos.
Abraça as lésbicas e os gays.
Não faz diferença.
Com as prostitutas e malfeitores,
De impostos cobradores,
Fez ele seu templo.
Andou uma milha até chegar a você.
O seu dinheiro os pregadores levaram.
Muitos que falam dele cobram por isso.
Preferiu ser um carpinteiro.
Neste mundo o derradeiro.
Mas, amou o mundo inteiro.
Ei, Deus! Onde está você?
O vidente viu Deus sentado debaixo de um cajueiro.
Comia caranguejo e tomava cerveja.
As pessoas passaram e nem notaram.
Um pregador o evangelizou com várias passagens bíblicas,
Deus foi intimado a se converter.
Deus se levantou pagou a conta e sumiu.
Deus não é batista,
Nem budista ou xiita.
Deus é um freguês da barraca de caranguejos de seu Fiel.