Fardas Sombrias.

O homem que veste a farda
Tem contas à pagar,
Lotes para vender
Tem um monte de sei lá o que,
que quer fazer.
Como eu, como você!

Tem noites de doentios calafrios
Tem pesadelos, medo de morrer
de perdê-lo...medo tem os seus filhos.

Ele corre, grita e se agita
Seguindo as regras que os outros quebram
Entregando a própria vida em guerras
Que poucos sabem que existam!


Eu vejo homens morrer
sem glórias e esquecidos
Fazendo o papel errado
Tachados de banditos

Sinto no peso da farda
Pelo erro de alguns
muitos sendo punidos


Acusam de malfeitores
Mas desconhecem os horrores
Dos que morrem lhes servindo.

Diante de conclusões precipitadas
Sem dados conclusivos
criticas armadas de fel ( que dizem)
Apenas que são malditos..

são eles que estão na linha
De tiro dos traficantes,
Meliantes, vis assassinos
As balas que os acertam..
Não são balas perdidas!

São eles os excluídos...
Secando suas fardas na sombra
Para não serem reconhecidos!



Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 30/11/2010
Reeditado em 30/11/2010
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