Quando o sorriso não fecha a porta
Não há retratos, só magoa.
Com o som dos passos na esquina
A dor no peito se alastra
E a lagrima no rosto, por sina.
Tão vazia aquela cama
Onde quem já amou
A deixou mais fria
Mais se perde um pouco, todo dia.
Quando o frio abraça lentamente
E no clamar fúnebre de uma porta
Lembrando os abraços de outros dias
O vem e vai, a porta e a alegria.
Tornou-se magoa e nostalgia.
E sem valia são aqueles dias
Que o abrir da porta se refazia.