Amor Antigo.

 

O coração, andarilho de mim mesmo
Parece-me sempre estranho
Fazendo improvisos a cada tamborilar no peito.
É independente
E de construção complexa
Compartimentos secretos
Chaves codificadas.

Quando a razão, inquilina de mim mesmo
Apresenta-me a agenda do dia seguinte
Fazendo rotina, sem espaço às surpresas
Curvo e me entrego.
E no dia de hoje
Não constava “amor antigo”...

E, enquanto as travessuras do errante
Desconcerta as previsões do residente
Sigo equilibrando-me
Quero-sim, quero-não, devo-sim, devo-não...
Entre outras, percebo:
Uma vez, amor...
Amor pra toda vida!

 

 

 

 

 

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 29/11/2010
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T2644546
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