Amor Antigo.
O coração, andarilho de mim mesmo
Parece-me sempre estranho
Fazendo improvisos a cada tamborilar no peito.
É independente
E de construção complexa
Compartimentos secretos
Chaves codificadas.
Quando a razão, inquilina de mim mesmo
Apresenta-me a agenda do dia seguinte
Fazendo rotina, sem espaço às surpresas
Curvo e me entrego.
E no dia de hoje
Não constava “amor antigo”...
E, enquanto as travessuras do errante
Desconcerta as previsões do residente
Sigo equilibrando-me
Quero-sim, quero-não, devo-sim, devo-não...
Entre outras, percebo:
Uma vez, amor...
Amor pra toda vida!