PRANTO D'UM POETA
Reflexos avulsos num céu de quimeras concebidas
estrelas perdidas, que brilham prateadas lágrimas embevecidas
suor do abstrato neste querer em um vazio se consome.
a tatear esperas em distâncias ornamentadas, sem nome
Luzes únicas em escuridão, são pequenos diamantes
espelhando qualquer beleza, sem pudor.
Tuas entrelinhas não lidas...são aos olhos ofuscantes
na vastidão de teus círculos que te faz amor
Feliz solidão da lua em formalidades absolutas.
Quando inocente, cresce e resplandece tão nua
E neste retrato apaixonado, canto-te
meu pranto derramado:
Quem vos levou de mim, estonteante formosura?
Por que te vás de quem por ti se perde, para quem pouco te ama?
E me respondes num mover d'olhos brandos e piedosos:
__Por amar-te eis a minha clausura
fui ao tempo atada ,em perpétuas saudades por tuas aventuras.