VERSO DE POEMA

Eu fecho os olhos

E vejo o barco balançando

Num som infindo de águas calmas

Eu abro os olhos pra enxergar o verdejante

O sol, o resto desta tarde

As minhas mãos estão mais quentes

E os sentimentos num intenso ir e vir

E no desenrolar da cena

Só cabe um verso de poema

Tento não quebrar a melodia

Ou o cristal da geladeira

Encho o meu copo desse líquido

Que me embriaga

E mata a sede

E lava a alma

E me refresca o pensamento

Eu sinto o vento outra vez

Embaraçar os meus cabelos

Se esvair sem compromisso

Só mal dar tempo de dizer

Mais um sussurro, um burburinho

Mas é tudo passageiro

Eu tenho pressa

É como o vento balançando

O barco, o mar, o verdejante

A melodia, a cena, o poema.

Janina Dias
Enviado por Janina Dias em 29/11/2010
Reeditado em 29/05/2016
Código do texto: T2644331
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