Guerreiro

Sou um soldado imbatível, envergonhado,

sem poesia.

Impulsionado por um toque

ou por um beijo tênue.

Sofrendo sob uma efêmera chuva,

disfarçando lágrimas ansiosas

pelo sabre que enfeita, em silêncio, a morte

ou pela virgindade incandescente

que reluz nos seus olhos

e que brilha mais do que estrelas,

mais do que os sonhos.

Ávido...

Nesse combate sou um deus sem

cultos que adormeceu

e nem um grito ou um sopro pode me pôr de pé.

Mas bem sei feito a lua

e pelo meu sangue guerreiro

que a guerra ainda soa trombetas

e que não acabou.

Sou um soldado imbatível, envergonhado,

sem poesia,

Mas com sangue

e armas nas mãos.

Joh Valentin
Enviado por Joh Valentin em 29/11/2010
Reeditado em 29/11/2010
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