O SOM VINHA DE LONGE

O SOM VINHA DE LONGE

Tarcísio R. Costa

O som vinha de longe.

Eram instrumentos desafinados

pelo vento, e pelas nuvens tocados,

ouvia-se uma canção confusa,

ecoava do mundo sideral,

aquele som difuso.

Fiquei por demais perplexo,

nada via... apenas, distante, ouvia

aquele som sem nexo...

Era um poeta a cantar a sua poesia

Não ousem entender

o que sente o poeta

ao proceder assim...

São momentos de alienação,

é como se tivesse sem o coração

e agisse, apenas, o seu inconsciente,

com lances de um inconseqüente,

que vive da ilusão...

Pode parecer loucura,

mas, não lhe foge lucidez,

apenas, há uma escassez

de um raciocínio lógico,

um pouco de sensatez

Não dá para entender,

onde onde ele pretende chegar,

pode ser no mundo da ilusão...

Mas é fácil detectar a conclusão:

Como ele é um apaixonado,

quer aportar num coração.

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 14/10/2006
Código do texto: T264249