Dentre tantas saudades ficou esta

que fala de ti sabendo que não vens

que fala da tua ausência em todos os instantes

na outrora voz amada que a dor diz que não tens

Que chora, triste, os meus sonhos inconstantes

Esta saudade que em si é abandono

Que a todo momento o teu nome balbucia

Nas madrugadas penitentes, em meio ao meu sono

Nos sons retintos emersos da esparsa luz do dia

Caminham aflitos os meus passos sem destino

Gritam, em mim, os versos que a ode desprezou

A nostalgia que ouço cheia de dor e desatino

Encobriu-me a vida e eu já nem sei quem sou