Por escrever.
Não por crimes ou castigos
esses não são verdadeiros motivos,
talvez por orgulho mas não preconceito,
quem sabe fruto de algum receio?
Não por amor e ódio,
tais já não removem o ócio.
Não à razão ou à loucura,
para transformar sua alma em pura.
Não por ser tórrido como o inverno,
sendo do céu um subalterno.
Nem por ser gélido como o verão,
tão quente por fora, por dentro não.
O maior motivo para escrever
sempre será para não se deixar de ser.