Mas Que Coisa!

Que coisa mais

Parca, essa obliteração

Que, dissimulada, causa

Em meu coração.

Que coisa mais

Piegas, escrever sobre

Esta pústula negra

Em meu rubro e pulsante músculo.

Que coisa mais

Enfadonha, falar que

Comigo você sonha.

Que coisa mais

Sem nexo, que é a maior

Demonstração de que

Amor é amor e

Sexo é sexo.

Que coisa mais

Cretina, ser enlaçado

Pelo fio invisível

Do amor de uma menina.

Que coisa mais

Feia, afirmar saudades

Quando, de mim,

É a pessoa mais alheia.

Que coisa mais

Nojenta, inútil paixão

Que sempre, de forma inesperada

Me acomete de forma virulenta.

Que coisa mais

Sutil, alimentar minha

Paranóia pra depois me mandar

Para a puta que pariu.

Que coisa mais

Vulgar, ter o 'mentir'

Como o único verbo

A se conjugar.

Que coisa mais

Linda, aqui ao meu lado

Te tirando de cena e me fazendo

Guardar a pena e encerrar

Esta merda de poema.

27/11/10 - 16h28m

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 27/11/2010
Reeditado em 18/10/2011
Código do texto: T2640670
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