Mas Que Coisa!
Que coisa mais
Parca, essa obliteração
Que, dissimulada, causa
Em meu coração.
Que coisa mais
Piegas, escrever sobre
Esta pústula negra
Em meu rubro e pulsante músculo.
Que coisa mais
Enfadonha, falar que
Comigo você sonha.
Que coisa mais
Sem nexo, que é a maior
Demonstração de que
Amor é amor e
Sexo é sexo.
Que coisa mais
Cretina, ser enlaçado
Pelo fio invisível
Do amor de uma menina.
Que coisa mais
Feia, afirmar saudades
Quando, de mim,
É a pessoa mais alheia.
Que coisa mais
Nojenta, inútil paixão
Que sempre, de forma inesperada
Me acomete de forma virulenta.
Que coisa mais
Sutil, alimentar minha
Paranóia pra depois me mandar
Para a puta que pariu.
Que coisa mais
Vulgar, ter o 'mentir'
Como o único verbo
A se conjugar.
Que coisa mais
Linda, aqui ao meu lado
Te tirando de cena e me fazendo
Guardar a pena e encerrar
Esta merda de poema.
27/11/10 - 16h28m