Devaneios

Revolvido entre tecidos e plumas, te busquei.

Te busquei em toda recâmara sem te achar.

Restaram as lembranças de um tempo feliz, pretérito.

Sua presença era sentida em todo lugar, miragem.

Visões que, de tão reais, mudaram as formas do meu corpo

Fizeram tremer as minhas mãos, tiraram-me o sono.

Meu coração galopava como um corcel selvagem solto pelo campo.

Sonhar de olhos abetos me fez despertar dum pesadelo gélido

Ver-te, mesmo em fúmega ilusão, acendeu a chama

De quem, mesmo sozinho, ainda ama

E a cama já ardia

Já queimava

E como vulcão em erupção, respondeu o meu corpo

Derramando lava para todo lado, e o seu legado: cinza e destruição.

Te busquei, me iludi, num deserto vi miragens...

Meu renôvo, um Oasis

O mundo não pode parar

Marcão Bahea
Enviado por Marcão Bahea em 27/11/2010
Código do texto: T2640666
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