Abstrato
"Componho letras de um poema nu,
Deslizo o sonho (que seja leve)
Falo ao vento sem rancores
E anuncio os deuses que cultivam flores,
e pensamentos.
O tempo, decrépito, observa,
E lança-me no dédalo de sua existência
(é tão bom não ter para onde ir).
Sorrio neste exílio de abismo e paixões
E banho-me na chuva que seus olhos criam.
O outono é manso onde sua ausência navega.
E no sonho que somos...
... sonhos."