Abstrato

"Componho letras de um poema nu,

Deslizo o sonho (que seja leve)

Falo ao vento sem rancores

E anuncio os deuses que cultivam flores,

e pensamentos.

O tempo, decrépito, observa,

E lança-me no dédalo de sua existência

(é tão bom não ter para onde ir).

Sorrio neste exílio de abismo e paixões

E banho-me na chuva que seus olhos criam.

O outono é manso onde sua ausência navega.

E no sonho que somos...

... sonhos."

Joh Valentin
Enviado por Joh Valentin em 27/11/2010
Reeditado em 27/11/2010
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