TRISTEZA IMENSA
Por que, tristeza,
Ficas a persistir
Em ficares comigo?
Por acaso me visitas
Somente porque te abomino?
Mas chegará o tempo
Em que não terás força
No entanto, ainda assim,
Serás presenteada
Do meu sofrido corpo
Porém, por pouco tempo
Ó tristeza imensa
Ao pó meu corpo tornar-se-á
E minha essência
Mergulhará no infinito
E não terás capacidade
De arrebatares do grande Deus
A perpetuidade sublime.
Então, tristeza,
Achas-te vitoriosa?
Porquanto ficas embaixo
Sem nunca ganhares o alto.
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Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 25.
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