TRISTEZA IMENSA

Por que, tristeza,

Ficas a persistir

Em ficares comigo?

Por acaso me visitas

Somente porque te abomino?

Mas chegará o tempo

Em que não terás força

No entanto, ainda assim,

Serás presenteada

Do meu sofrido corpo

Porém, por pouco tempo

Ó tristeza imensa

Ao pó meu corpo tornar-se-á

E minha essência

Mergulhará no infinito

E não terás capacidade

De arrebatares do grande Deus

A perpetuidade sublime.

Então, tristeza,

Achas-te vitoriosa?

Porquanto ficas embaixo

Sem nunca ganhares o alto.

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Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 25.

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 27/11/2010
Reeditado em 21/04/2012
Código do texto: T2639505
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