O POETA E A CIDADE 29
Sou poeta de um tempo.
De uma cidade.
De um povo,
Sou tão solitário. Quanto ateu.
Mas sou bem, mas cristão.
Que bem muito que gritam
Pai... Pai... Pai!
Sou de um tempo onde salgadinho, não conta!
Onde as pragas, são as mesmas.
E nós cometemos os mesmo pecados.
Onde não gritamos.
Onde nos damos feito boi de festa.
Onde deixamos toda nossa fé.
Onde estamos,
Sem sabe!
Sou de um tempo
Onde sou o único louco.
Onde digo não.
Onde vejo tudo igual.
Entre pai, filho, irmão.
Sou...
E me doe,
Bem mas. Por ser.
Pois, sou do meio...
Onde ninguém é.
SOU ASSIM SEM FÉ!
Sou um poeta.