Ser poeta
Ser poeta é ser quase um mentiroso
Daqueles tão bons que a si mesmo engana
É possuir um dom misterioso
Que seduz irremediavelmente a quem ama
É viver intensamente a emoção
Sentir a dor até o limite suportável
É expor sem pudor o coração
E deixar-se captar o imponderável
É mover-se entre enredos verdadeiros
Fantasiosos, reais ou virtuais
Tecer cenários dando toques rotineiros
Onde atuam personagens imortais
Ser poeta é na verdade pretensão
É ato de criar-se, é ousadia
É mais que tudo ter a ilusão
De ser o artesão da poesia!
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas