VERSOS CALADOS


Abraços com fortes braços,
calados, mudos, inexatos
como os versos que retrato
nesta alma que desnudo
em sensações sinceras
Vencendo o escudo do medo
Buscando no recanto
Curar todas as feridas
neste impulso do vôo no momento exato.
Para que assim, eu não me perca,
tentando não ferir,
e que assim também não me firam...
Livrando-me dos poços e dos becos de enfim
Nessas nascentes que duelam em mim.
Sendo o sol, nesse mundo orbitante,
em minhas falhas, nos meus atos que não são o bastante
Sendo do céu, cometa errante,
Sendo, amor, que longe de ti sou tão falante,
Diante de tua perfeição, me calo.
E silêncio qualquer palavra
pois nenhuma exala o que transborda em mim.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 26/11/2010
Código do texto: T2638547
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