Do silêncio e do que foi dito

Do que foi dito,

Ouvido e sentido,

Nada a mudou:

saiu por aquela porta

da maneira que entrou

Ele a esperou,

Ela lhe olhou

Ele sorriu

Ela seguiu

Ele a parou,

Falou e calou

Ela seguiu,

Sorriu e consentiu

Nada daquilo lhe afetou

Ele jamais a perdoou

Do que não foi dito,

Do silêncio sentido,

Tudo o mudou:

Emudecido,

Olhou para aquela porta

Parado continuou,

Perdidas as esperanças,

Nada mais lhe restou:

Tudo aquilo lhe afetou,

E ela jamais se perdoou.

Lucas Sidrim
Enviado por Lucas Sidrim em 26/11/2010
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