Insígnias...
Como insistes em sobrepujar o encaixe perfeito de Deus?
A silhueta compatível às asas,
a métrica e o suplício das formas...
Todos os corpos em unção divina.
Como ferir as odes primárias dos anjos
Deixando os lírios aviltados e,
Lascivamente, pregar o pacto grotesco de satã?
Suores e suores yang...
As barbas impregnadas de desejo
E o meu grito de lamento...
Como insistes em fazer-te caos ora deformada a criação
E à criação rogar compaixão, com velas negras?
Das cinturas espalmadas e retas
E o meu grito de lamento ecoa brando, quase cansado
Ora o espelho haveria de mostrar-me Zeus
E o regozijo dos deuses
As áias quase ninfetas chorando e clamando
Desatinadamente, nuas sem corpos másculos a esquentá-las...
E o Ying solitário, o desafeto cabalístico do sexo
dos sexos chagados e profanados.
Ora, profanos ora encarnados
E o princípio por Deus descrito, rompe-se, lentamente...
Vai agora ao som das letras byronianas...
Todos os mortos em circunspectos pútricos
Regados a absinto e buquês de pequenas papoulas...
E o meu grito perdido, desatado dos céus, não finda
Porque hei de pressentir o triste pacto declinando-se ao amanhecer
Quando os corpos despertam menos ébrios
E a garganta, os pulmões ainda exalando pecados
Vem conhecer a tristeza e palidez de suas verdadeiras peles...
O grito (deles) profundo, preso no tempo único
Não vem emanar-se como meu grito solene...
Pois que rigidez dos músculos os impelem ao malfadar das horas
E desalentados caem por terra, secos,
Do Parthenon às milícias celestes
A que somente algumas chagas de Freud romperiam singelas
Os vícios e malogros de uma pouca vida.
Mas que desejo mordaz este de viver o ‘tudo’ tão intenso e desesperadamente?
E , agora, se restam poucas horas,
que suas vestes e seus desejos inconcebíveis,
arrastem-se dilacerados, escarlates, molhados
Pelas lágrimas de sangue derramadas por Arcanjos de Deus!