Celular motivou pensamentos

Aquela música confiante parou,

Os olhos se convergiram à preocupação.

Fisgadas quiseram acusar, apontar e denunciar.

Um senso de conformidade freou o avanço.

Dominou a situação e viajou,

Em dúvidas e respeito aos que usam de seriedade.

Como a carne é possessa de sentimentos,

Um rude adjetivo explode aquela bolha.

E direciona a raiva em uma gota,

Depositando nela aquela apavoração contida.

Procuro não esquentar com os imprevistos.

O desespero é uma fraqueza,

Que atrapalha qualquer negociação.

Fugindo de serenidade e razão.

No final das contas,

O celular não volta.

Ele se foi com a agenda.

E mensagens.

Ladrão que me traz recriminações,

Que não me deixa chorar,

Goza de minha cara em algum lugar,

Trocando o objeto por um cheiro.

Veronica Ribeiro
Enviado por Veronica Ribeiro em 26/11/2010
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