ROMPANTE NOSTÁLGICO

Ninguém me ensinou a viver a saudade.

Sou o roteiro que alguém gravou

e ficou com a frustração do aplauso

sem o gozo da reprise.

E não quero ser o filme que alguém não viveu.

Fujo das sombras,

das luzes,

das cores,

faço a fita correr,

repetindo a velha fórmula.

Tudo pra ver se,

em ficção,

entendo a saudade.

Luís César Padilha
Enviado por Luís César Padilha em 26/11/2010
Código do texto: T2637212
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