TERROR
Focos de fogo se multiplicam.
Piras do caos em nosso caminho.
As vozes do terror ecoam
Ao vento, osmótico desalinho.
Fruto estratégico do medo.
Logística e táticas de guerra.
Novela de trágico enredo.
Ódio que brota na terra.
- "Separar e destruir".
Ordenou o guerreiro chinês.
Assim nas ruas se fez.
Do cárcere a voz do por vir.
Atados permanecem os civis,
Reféns de atos vis,
Que tentam conter o assalto.
Do domínio outrora incauto.
Aumentam-se os contingentes.
Palavras oficiais aos descrentes.
És o primeiro revés.
Engendrada nesse viés.
Porém a ocupação irá continuar.
Garantiu o oficial poder.
Mesmo com fogo cortando o ar.
Não devemos parar e ceder.
Denúncia! Pede o poder.
É a arma que eles podem nos ceder.
E em um dilema o povo cai.
É pela culatra que o tiro sai.
Eis o medo dos 'olhos paralelos'.
Fruto de anos de repressão,
Pois para quebrar os elos,
Alcaguetes mortos são.
Assim em asfixia, o povo vive.
Doutrinado a não se rebelar.
Cansado do medo que convive.
O povo deve hoje se libertar.
Ansiamos o fim desse devir.
E que o fim justifique esse meio.
Sirenes, não quero mais ouvir.
Na paz eu ainda creio.
Hoje com fé rogo aos céus
E a Deus em cada um de nós:
Perdoai, Esses filhos teus,
Que muito precisam de vós.
Trazendo de volta o amor
Afim de nos libertar
E de uma vez nos curar,
Desse torpe e rude Terror.
RENAN WANGLER
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