ESTAMPAS ACESAS
Enveredei-me por dentro
querendo de alguma forma desvendar os mistérios
que ainda me habitam
descobri que nada sei
que não é silêncio o que faço
neste tempo que guarda saudades
e um leque de dor
ressonando afeto e puro amor
Minhas asas de borboleta eu recolho
destituída de minhas vestes e desejos
derreto minhas certezas
no brilho de apaixonada intensidade
Ardor instintivo, excitante
me arranca de mim mesma
Hiatos de tudo que busquei
e me revelam os percursos de ontem
em ambíguas procuras nos olhos de espelhos
Estampas acesas do que ainda não sei.
Preenchendo vazios de ilusões perdidas.