ESTAMPAS ACESAS

Enveredei-me por dentro
querendo de alguma forma desvendar os mistérios
que ainda me habitam
descobri que nada sei
que não é silêncio o que faço
neste tempo que guarda saudades
e um leque de dor
ressonando afeto e puro amor
Minhas asas de borboleta eu recolho
destituída de minhas vestes e desejos
derreto minhas certezas
no brilho de apaixonada intensidade
Ardor instintivo, excitante
me arranca de mim mesma
Hiatos de tudo que busquei
e me revelam os percursos de ontem
em ambíguas procuras nos olhos de espelhos
Estampas acesas do que ainda não sei.
Preenchendo vazios de ilusões perdidas.





Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 25/11/2010
Código do texto: T2635971
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