UM FELIZ NATAL !.. /.

Carlos Celso-CARCEL (24/novembro/2010)

É natal !...

a frivolidade se mistura

usurpa o teor de compostura

que ainda há em poucos corações,

as emoções...

os votos de felicidade plena

uma oferta de amor, amena,

difícil discernir qual o real.

É natal !...

recordo-me...

chamou-me vagabundo,

quando na vida eu já fui fecundo;

hoje sou velho, já estou cansado,

aposentado !

não retribúo esse pejorativo

tiro do meu ego o lenitivo,

com amor, desejar felicidade !

Mediocridade ?

sim !...

essa, talvez, seja a palavra chave

que no caráter desse ser encrave

pela ofensa feita ao nordestino;

não subestimo !

sem mesmo queiras, és igual a todos;

o lamentável é que teus engodos

nítidamente vêm da hipocrisia;

com alegria

a tí almejo um feliz ano novo

e que percebas que também és povo

não diferente de nós nordestinos !

Repiquem sinos,

é natal !...

apesar daquele artista sem nobreza

que humilhou, torturou toda pobreza

através do seu individualismo

não é cinismo,

eu sei !

o pobre ser pensa haver mais que um mundo

e com certeza do melhor é oriundo,

mas é engano, cidadão,

somos iguais !

pobre ou rico, não importa a casta,

quem é cristão é de família vasta,

quem não o é, não sei !

quem vai saber ?

nem mesmo encontro algo a dizer,

a não ser...

Afinal...

desejo a todos

um feliz natal !...

(Obs: À quem, por ventura, não assimilar, a expressão vagabundo foi termo de ato oratório de um político (cheio de defeitos) já ex presidente do nosso sofrido país. O artista em referência, refiro-me a um que fala de pobres e pobreza, talvez ele seja originário de berço esplêndido, se o for, vejamos o grau de honestidade, embora que hoje, na ignorância dos seus princípios representativos, respeitando uma pequena minoria, um bom número deles pejoram as qualidades de pessoas que, como seres são iguais a eles, mas como dignos, às vezes, até bem diferente pra melhor. É apenas um desabafo, sou quem sou e não me importo com o que outrem é ou deixe de ser, mas antes que olhemos o argueiro do olho do semelhante, primeiro tiremos a trave do nosso. (A TODOS, UM NATAL REPLETO DE FELICIDADE E UM ANO NOVO (2016) ABUNDANTE DE PROSPERIDADE E AMOR AO SEMELHANTE).