A VIDA QUE ME QUER

A vida me quer bem,

a vida é quem?

Se eu não sou ninguém,

impossível de ir além.

Só se a vida deixar

ou se ela parar

de ser vida em mim

ou deicidir o meu fim.

A vida é quem?

Quem é a vida?

A pergunta convém,

na hora da despedida.

O sangue é a vida,

nos tendões desta lida,

no desejo de ser

a vida que faz viver.

Mais vida do que o sangue

é quem criou o mangue,

fez a terra e o céus

e as nuvens como seus véus.

A vida que me quer

me impôs um limite,

um garfo e uma colher

para refeição um convite.

A vida é quem? o criador,

o transcendente,

uns chamam-no de Senhor

outros de D´us viviente.

Quem me ensinou a viver,

quando sozinho eu estava

desde o amanhecer

ele já me olhava.

Auto referencial

não sei se é mal

não tive testemunhas

nem quem cortasse as minhas unhas.

Não tive quem me coçasse,

ou quem me dissesse, te amo!

Não tive quem me caçasse,

nem quem me visse insano.

A vida, quem é?

A vida que me quer,

afastou-me da morte;

serviu-me chá e café

disse-me ,também, seja forte!

A vida, segundo a "Cabalá",

é o nome do nosso D´us

ele ainda não quer que eu vá,

tenho que compor os versos meus.

Mas se amanhã for o dia

que eu tiver que partir, enfim,

vou sem choro, vou com alegria,

vou para além de mim.

Ó, vida que me quer,

que seja em qualidade;

ao lado de uma linda mulher,

um amor de verdade!

Mesmo que no meu delírio

eu sofra este vil martírio

de não ter tua juventude

nos meus braços, virtude,

então serás meu colírio.

Espero na vida, que me quer,

que se ela me disser,

como já disse: Meu amor!

Ela que em botão de flor,

desabrocha linda mulher.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 24/11/2010
Reeditado em 24/11/2010
Código do texto: T2634340
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