Sobriedade

A sobriedade me cansa

E entendia,

Com sua voz mansa

Dia após dia,

Sendo por oras como choro de criança

Gritando no pé de meu ouvido,

E "outroras" como macilenta viúva

Suas dores no mundo pondo!

Eu rogo, tragam-me uma cerveja

Ou outra cousa qualquer!

Pouco me importo com mera bandeja,

Só não quero mais reter

Esse veneno que se apodera de mim

Com sua manta carmesim!

J 23/11/2010