A GARÇA TRISTE

Doses de sentimentos profundos
um par de braços sem abraços
Quisera brincar com o mosaíco das presenças
como se feito ampulheta pudesse possuir o tempo
Uma garça triste translúcida na alma tatuada
na perplexidade de um sorriso
nesta sinceridade de  lábios se abrindo
capturando o vago do olhar
No fio das horas...d'um talvez...será...
O curso do que sinto
se transformam em versos
Impossível calar-me
e esquecer o amor
dito grande que dói...
Pois de mim, vencida - sou herói
Fotografo na retina
as lembranças de um dia
que a vivência constrói
Assim não morro,
mas renasço a cada poesia.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 23/11/2010
Código do texto: T2632838
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