Enterrei meus mortos

Apenas sei do que meus olhos não vêem

Vejo apenas reflexos e sombras da verdade

Verdade absoluta, coisa absurda, sem nexo

Dei minha palavra em centenas de versos

Escrevi em telas brancas palavras coloridas, doloridas, remorsos

Pintei de azul a terra onde enterrei meus mortos

Deixei minha frágil razão, imaginação; fluir no papel de poeta

Folha branca, céu vermelho magenta.

Ah! Mar de um verde profundo,.

Nuvens de algodão multicoloridas, esquecidas nos céus.

Branca folha de papel poesia!

Das mentes esmaecidas, suicidas, embrutecidas.

Olhos devoradores de livros ocultos

Que não vêem senão letras aqui escritas.