# Rio Plácido #
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Quem beija como se devora a carne... Pode arranhar a sua pele, deixando cicatrizes intensas. 

 
Mas quem beija os meus olhos...
Também beija minha alma.


 
Não almeje me abraçar só por fora, abraça-me sem reserva por dentro.

 
Não almeje me acender velas anêmicas...
Se eu lhe foco possantes candelabros, não precisa aportar em tristezas que são minhas.

        
                         
 
No entanto, nunca tive receio de aportar e amenizar as tristezas que são tuas.

 
Os oceanos lapidam rochas com agressividade.
Eu sou um rio não lapido rochas, nutro vidas existentes em minhas margens.


 
Todo rio calmo... Existe nele sentimentos e profundidades ainda não avaliadas.
 
 
Quem mergulha neste rio...
Passa pelo o fogo, entretanto poderá se queimar na brasa. É neste açoite que os incautos se lamentam!


 
 
 
SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 23/11/2010
Reeditado em 16/02/2014
Código do texto: T2631562
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