CLARIDADE SOLAR
Do janelão, por trás do vidro
A sua existência o sol testemunha
E eu, sedenta dos seus fortes raios
Quedo-me parada entre as paredes
Quatro paredes, o solo, o teto
A cadeira que me abriga o corpo
A mesa, dos afazeres o apoio
As pessoas, os objetos, os ruídos
Mas consigo ultrapassar as barreiras
E subo e viajo e na amplitude vou.
Trazem-me as ambientais circunstâncias
Ao compromisso selado, o preço a pagar.
Retorno, agora, e as minhas asas batem
À busca do meu ideal tempero
De que, sempre, minha alma carece.
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Do livro "Caminhos Ainda", Edição da autora / APL - Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 19.
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