CLARIDADE SOLAR

Do janelão, por trás do vidro

A sua existência o sol testemunha

E eu, sedenta dos seus fortes raios

Quedo-me parada entre as paredes

Quatro paredes, o solo, o teto

A cadeira que me abriga o corpo

A mesa, dos afazeres o apoio

As pessoas, os objetos, os ruídos

Mas consigo ultrapassar as barreiras

E subo e viajo e na amplitude vou.

Trazem-me as ambientais circunstâncias

Ao compromisso selado, o preço a pagar.

Retorno, agora, e as minhas asas batem

À busca do meu ideal tempero

De que, sempre, minha alma carece.

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Do livro "Caminhos Ainda", Edição da autora / APL - Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 19.

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 23/11/2010
Reeditado em 06/02/2012
Código do texto: T2631535
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