TEMPO DE INOCÊNCIA
Houve um tempo em que eu desfaleceria em tuas queixas
que eu padeceria em tuas palavras absortas
Por fim houve um tempo que em tua inocência eu acreditava
e pouparia qualquer desentendimento em vossa culpa
Houve um tempo que construí planos desalinhados
em falsas promessas de um futuro que jamais existiu
E por fim, nestas flores de quimeras inexistentes
rompi os laços das fitas rubras com que tateaste meu corpo
sinto na tua ausência o gosto amargo do esquecimento
e sofro por cada um desses momentos
em que me perco tentando decifrar teus sentimentos
Tola que sou, vagueio por estradas infindas
da saudade vou lambendo as feridas
Recolhendo as flores de teus passos vazios
para vestir-me nas noites de imenso frio
De tudo, apenas sinto...e este sentir sentido
já é o bastante, pois a mim se faz claro
que este amor é inesgotável.