A Hora da Serpente
E a serpente veio em face inocente, voz de criança, corpo de mulher, veio com frases, confições e sorrisos da casa da mentira, segurou minha mão para depositar seu veneno, e como ar de bondade trouxe uma vela para iluminar toda minha escuridão enquanto devorava minha alma. Já sem armadura, com escudo e espada guradadas a serpente apagou a vela, quebrou meus ossos e partiou deixando para morrer na escuridão com meu corpo cheio de veneno. Ainda fraco sobrevivi. Ainda doente levantei. Com o tempo me ergui e me fortaleci para seguir em frente. Ao me ver bom a serpente retornou, uma, duas, tês vezes... Em todas sempre tentava me destruir, era seu jogo de prazer. Tentou, tentou e tenou por quatro vezes e enfim desistiu. Seguiu com sua vida e hoje sorri feliz na casa do amor.
Agora sim posso matar a serpente.