MENINO DE RUA
Deitado no banco ao relento à espera de um mimo
Um desabitado menino
O frio o faz encolher-se todo de joelhos na cabeça
Na praça as crianças “normais” se divertem
Enquanto do banco ele a tudo assiste.
Vontade de ir lá ele sente...
Sua única companhia é o tubo de cola que cheira diariamente, ao invés de ir pra escola
Briga, tem quase todo dia...
E, se não fosse por “bola” seria por cola
Quando cheira se sente mais afortunado
Parece que sai deste mundo infeliz e se vê como uma criança qualquer.
Indo à escola brincar de bola, sem cheirar cola
Mas ao acordar dessa viagem...
Depara-se com sua realidade
De novo no banco, encolhido e deprimido.
Sua única solução:
é a cola
(para)
Se vir, brincando e jogando bola.