Paris sitiada
As quatro prostitutas,
são quatro Degas fora do lugar.
E Deus observa o desenrolar da história,
feita de corpos mutilados e doentes,
bêbados e brancos da cor da fome.
O seu salto perfura a pele e
as navalhas entre os dentes
rasgam a veia de seu pescoço.
Minha alfaiataria desenha no corpo o que insinua o desejo.
E meus venenos acalman
a feiura de ser um humano.