ATÉ QUANDO...

ATÉ QUANDO...

A voz calou, mas a canção permaneceu

porque não pertencia a ninguém

e como ave desgarrada, ora planava calma

ora evoluía num ritmo enlouquecido

Às vezes, ascendia ao espaço como flexa

para em seguida mergulhar e integrar seu som

à sinfonia que embala o Universo

Assim, todas as vozes que entoam canções

toda poesia se desprende e vai

Toda arte, toda beleza segue rumo ao Infinito

e vaga no etéreo e entre nós

e nos serve de escudo

contra nossas próprias maléficas ações

Somos salvos pela sonoridade do belo!

Somos salvos pela Arte e sua magnificência!

Dito isso, o velho homem se afastou

lentamente, caminhando...

Aflita lhe perguntei :

-Até quando?

-Até...

dacosta
Enviado por dacosta em 20/11/2010
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T2626036
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