ATÉ QUANDO...
ATÉ QUANDO...
A voz calou, mas a canção permaneceu
porque não pertencia a ninguém
e como ave desgarrada, ora planava calma
ora evoluía num ritmo enlouquecido
Às vezes, ascendia ao espaço como flexa
para em seguida mergulhar e integrar seu som
à sinfonia que embala o Universo
Assim, todas as vozes que entoam canções
toda poesia se desprende e vai
Toda arte, toda beleza segue rumo ao Infinito
e vaga no etéreo e entre nós
e nos serve de escudo
contra nossas próprias maléficas ações
Somos salvos pela sonoridade do belo!
Somos salvos pela Arte e sua magnificência!
Dito isso, o velho homem se afastou
lentamente, caminhando...
Aflita lhe perguntei :
-Até quando?
-Até...