O meu medo
Kate Weiss
não é do trabalho,
nem de ser abelha cega
ao comando do patrão.
O meu medo nem é da cigarra,
que pensa que canta
e só faz barulhão.
Tenho medo,
é do olho da cobra
e da sua inveja
Do bote, e do sibilar
dela, no ouvido
do inocente meu irmão.
Meu medo não é da censura.
Mas da palavra dura.
Que brota da boca,
e dos dedos, sem noção.