TRANSFORMAR-SE

Teus olhos semearam ódio

Nos campos que eram lindos.

Que eram dias-de-sol na

Obscuridade da vida.

Tua boca disse palavras loucas,

Tanto roucas como saíram arranhando

Tua garganta.

Que postava-se indiferente ante a

Minha dor.

Teu sangue jorrou lágrimas

De minhas entranhas e dele

Fez-se vinho.

Que beberam no cálice sagrado

Que sepultou todas as injúrias.

Teu coração fez-se pedra

Pois era frio e indiferente

Perante a sensibilidade

De um poeta!