FELAÍNA, A EGÍPCIA

O vento cospe

no livro da memória

Oh doce íris

deste olho de esfinge

Véu sobre

a face marcada

ferrete do tempo

O que dizer de mim

montês de outras paragens

rotos andrajos

duras descobertas?

Viajo em ti

mácula e aura

rosto na jaula

por onde espiam

vontades em agonia.

– Do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p. 35.

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