Com o céu escuro o chão fere os pés.

E por aqui onde os pensamentos se perderam

As estrelas até estrelas sumiram do ar

Já foi tanto tempo só

Que aprendi a andar no escuro

Os passos solitários aprendem a não mais tropeçar

Não é que seja bom, passa longe disso

Nem mesmo bom

É o que há, o que a vida nos brinda, conforme nosso pedido

Às vezes dá uma vontade de sair correndo,

Parar um ônibus qualquer com meus últimos trocados

Mesmo exalando whisky bater na porta dela

“E dizer, meu amorzinho venha cá! E...

Mas eu tenho um medo da porra,que ela me receba mal pra cacete!”

Então prefiro tatear o bolso e encontrar um último trago

Que me faça dormir e me leve a sonhos bons

Pois eu sei que o Sol não tardará em acordar-me com toda sua força.

19/11/2010