(((__MÁRMORES DE CONCRETO__)))



Cimentos escusos de você
essa armadura irônica dos cruéis deslizes
nas formas definidas de não se definirem
nas abstrata quimera imóvel
a tudo silente
Nesta presença ausente
de não dizeres, e assim, já dissestes
Nas estáticas vestes
de mármores arranhados
de arranha-céus intactos
nesta morta serenidade
que afoga as chuvas
em vãos distintos de lentidão
Tudo passa,
tudo se renova
tudo se recria
só permanece intacta a desilusão
petrificando a alma em mundo vão
dilacerando o um coração.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 18/11/2010
Código do texto: T2623271
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