Ao som de um violino quebrado
Hoje não quero sair de mim,
transpirar o sentimento
revelar alegrias de tristeza profunda
descrita,
nem travestir-me de herói vilão
de almas carentes ansiosas,
apenas em sossego de pensamento nas memórias
infindáveis,
quero olhar assim o mar revolto,
a gaivota planando parada,
murmurar ao vento frases soltas,
escorraçadas,
renúncias de papel imaculado de riscos,
e,
nestes segundos memoráveis sentir
gotas de chuva abafados por sol
tímido.
No centro do olho de furacão imaginado
talvez acorde então, resolva correr
contra forças implacáveis,
neste mesmo instante apenas tocar
areia molhada, húmida,
invisível de mim,
ao som de um violino quebrado