Ao som de um violino quebrado

Hoje não quero sair de mim,

transpirar o sentimento

revelar alegrias de tristeza profunda

descrita,

nem travestir-me de herói vilão

de almas carentes ansiosas,

apenas em sossego de pensamento nas memórias

infindáveis,

quero olhar assim o mar revolto,

a gaivota planando parada,

murmurar ao vento frases soltas,

escorraçadas,

renúncias de papel imaculado de riscos,

e,

nestes segundos memoráveis sentir

gotas de chuva abafados por sol

tímido.

No centro do olho de furacão imaginado

talvez acorde então, resolva correr

contra forças implacáveis,

neste mesmo instante apenas tocar

areia molhada, húmida,

invisível de mim,

ao som de um violino quebrado

Nkisi
Enviado por Nkisi em 18/11/2010
Código do texto: T2623227
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