Mil Dias
Hoje nada me ouve, coisa nenhuma me vê ou toca
Estou fugido, arredio do holocausto interno
Acampo nu no meu peito, feita, velha capa, a maloca
Tremor de febre, me ausenta do inverno
Se faz o corpo de porta que a saudade desloca.
Gritos, sussurros, abafados ecoam
Pelas paredes dos meus pensamentos
Saudades vivas, mãos semi-estendidas, voam
Sibilam você, em mim encantamento
Das cores pálidas que em meu rosto destoam.
Sofismo é tua ausência, contradição permanente
De todo ter-te comigo, quando duvido ou creio
Sou mais que loucura, sou viva alma dolente
A esperar, uma vez mais teu arreio
Enquanto aqui ou ali, vou ausente
Não é que baste, que encha, a companhia
Apenas arrasta, mil dias, quando um segundo já é suficiente.
Hoje nada me ouve, coisa nenhuma me vê ou toca
Estou fugido, arredio do holocausto interno
Acampo nu no meu peito, feita, velha capa, a maloca
Tremor de febre, me ausenta do inverno
Se faz o corpo de porta que a saudade desloca.
Gritos, sussurros, abafados ecoam
Pelas paredes dos meus pensamentos
Saudades vivas, mãos semi-estendidas, voam
Sibilam você, em mim encantamento
Das cores pálidas que em meu rosto destoam.
Sofismo é tua ausência, contradição permanente
De todo ter-te comigo, quando duvido ou creio
Sou mais que loucura, sou viva alma dolente
A esperar, uma vez mais teu arreio
Enquanto aqui ou ali, vou ausente
Não é que baste, que encha, a companhia
Apenas arrasta, mil dias, quando um segundo já é suficiente.