Instinto...
Atiça-me o inconcebível,
Concedendo-me
O desejo da escalada...
É manhã, sol ainda
A se espreguiçar e pensar,
Se sai ou vai longe a
Continuar atrás das volumosas e
Espessas cortinas,
De espumas cósmicas
No sideral espaço!
Penso no desejo teu, meu,
Nosso,
Posso ou
Não...
Olho-te, despida de todos
Os sentimentos,
E sinto,
Minto para mim mesmo...
Mas quero e
Alçando o vôo, prossigo.
E sigo o puro cálice
Que entorpece e cessa
Todos os sentimentos...
Nu depois,
Nu agora e nu antes!
Localizo bem o relevo
E levo, leve o meu
Tocar na saída
Do néctar da vida...
Despertas e finges.
Não me incomodo
No modo,
Na altura ou na
Profundidade, és toda pura
E cura o meu
Afoito libidinar...
E teus olhos, como o sol
Sem saber se saem
Ou permanecem no calor
Das pálpebras oscilantes!
Sentes agora o meu julgar
O melhor momento
Sem tormento, adentro-te...
Aflora-se a áurea
Na gestão dos impulsos
Cada vez mais pulsantes!
E o coração a mil
E uma... Sem mais noites,
Só açoites do pêndulo,
Como em um sino.
Ah! Esse despertar
De instintos...
Olhas-me perdidamente,
Como a perguntar:
Estou sonhando... (?)
Não, não quero acordar!
E mergulhas em um profundo
Êxtase...
E eu... Aprofundo
Ainda mais as badaladas!
O sol já decidido vai alto agora,
E nós perdidos
Numa louca transpiração...
Todos os átomos
Em ebulição!
É lindo, é azul... De todas as cores!
Flores, flore, flor...
Oh! Força de vulcão
Que não transplanta e nem
Persiste na erupção!!
Ai! Fôlego que se vai
Em régios momentos...
Pensamentos,
Firmamentos,
Rogai por nós que tanto
Amamos e lamentamos
O querer cada vez mais o
Etéreo perfume de virginais,
Misterioso e intrigante
Anel de amor.