CONFISSÕES E APELO DE UMA ALMA NUM DIA DE SOLIDÃO.
Mais um dia que amanhece.
E eu me sentindo tão só.
Meus filhos já se foram,
foram cumprir seus deveres.
Fico inquieto sem nada fazer.
Engulo a seco esse nada,
e no peito da um nó.
É!... Realmente estou só.
Abro a janela e vejo uma arvore,
cheia de vida e frutos,
há um pássaro entre os arbustos,
que alimenta, salteia e canta,
renascendo em mim uma esperança,
mas, também uma inveja da sua liberdade.
Ah, mas, quanta ignorância,
ele também é cativo da fêmea e dos filhotes
e também perece de preocupações e cobranças.
Será que também sente só?
Será que é infeliz?
Ele canta!
E, em sua canção ele diz:
- Vejo uma alma inconsequente e devastadora.
- Enquanto eu dormia na noite escura e sonhadora,
você, entre ações e apuros,
ruminava pensamentos impuros.
E o tempo vai passando.
Agora desperta em mim uma ansiedade,
seguida de raiva, insegurança e frustração.
Mas, sei que é momentânea a situação,
sei também que há em mim uma grande capacidade,
pela minha experiência e poder de superação.
E, longe da tão preciosa razão,
preso a uma grande e negra mancha,
digo a todos do fundo do coração,
em poesia, verso e prosa,
a você que não me vê nem me ouve,
não tenha mágoa, nem rancor, pois clamo.
Tente apenas entender a minha alma indefinida
e me ame assim como eu sou...
Porque é assim, que eu me dou.