A Periferia da minha Infância

Tarde morna-tempo lento

É meio dia na rua

Periferia

Até o asfalto brilha

No exagero de luz

portões guardam silêncio de

Tardes secretas

Periferia

Na periferia da retina

Fragmento de memória-pequenos jardins

Grita por atenção.Estranho

Perferia

Tarde de paredes caiadas

Espanholas

Maçãs modestas em fruteira

Portuguesa

Na memória de quem nunca de cá saiu

Periferia

E sentar-se ao portão no

Fim de tarde-

Ver o movimento.Vizinhos

Passam carros voltando para casa

Periferia

Retratos na parede para serem

Sempre de novo esquecidos

Parentes passados presentes

Sempre

Periferia

Na periferia de minha infância

Todo periférico foi central

E hoje o fragmento de memória

Fugaz

É todo o meu coração

Minha periferia ,meu sertão tão

Populoso

É sempre aqui

odysseus
Enviado por odysseus em 18/11/2010
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