A Periferia da minha Infância
Tarde morna-tempo lento
É meio dia na rua
Periferia
Até o asfalto brilha
No exagero de luz
portões guardam silêncio de
Tardes secretas
Periferia
Na periferia da retina
Fragmento de memória-pequenos jardins
Grita por atenção.Estranho
Perferia
Tarde de paredes caiadas
Espanholas
Maçãs modestas em fruteira
Portuguesa
Na memória de quem nunca de cá saiu
Periferia
E sentar-se ao portão no
Fim de tarde-
Ver o movimento.Vizinhos
Passam carros voltando para casa
Periferia
Retratos na parede para serem
Sempre de novo esquecidos
Parentes passados presentes
Sempre
Periferia
Na periferia de minha infância
Todo periférico foi central
E hoje o fragmento de memória
Fugaz
É todo o meu coração
Minha periferia ,meu sertão tão
Populoso
É sempre aqui