Terminando o voltar

Doce estação, ela esperava alguém

de amor ou de desejo chegava o trem

trazia o que o seu corpo sempre pedia

e fiel, e saciada voltava á sua abadia

ele, sempre se saciava no mesmo veio

como se se alimentasse no eterno seio

só naquela estação se sabia amado

um amor rotina, quase um amor enfado

carinho se dava em tácita conveniência

repetiam-se juras mas com prudência

acumulavam amor até a próxima volta

garantidos pela saudade a fazer escolta

um dia, o amor/desejo, amor itinerário

não iria cumprir um mútuo imaginário

a plataforma vazia sem esperar ninguém

vagões vazios, sem passageiros no trem

sem despedidas, foi tão sem promessas

deixaram a gare vazia, a gare sem gente

o tempo que passa, que passa sem pressa

espera ali juntar.outro amor de repente

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 18/11/2010
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