Terminando o voltar
Doce estação, ela esperava alguém
de amor ou de desejo chegava o trem
trazia o que o seu corpo sempre pedia
e fiel, e saciada voltava á sua abadia
ele, sempre se saciava no mesmo veio
como se se alimentasse no eterno seio
só naquela estação se sabia amado
um amor rotina, quase um amor enfado
carinho se dava em tácita conveniência
repetiam-se juras mas com prudência
acumulavam amor até a próxima volta
garantidos pela saudade a fazer escolta
um dia, o amor/desejo, amor itinerário
não iria cumprir um mútuo imaginário
a plataforma vazia sem esperar ninguém
vagões vazios, sem passageiros no trem
sem despedidas, foi tão sem promessas
deixaram a gare vazia, a gare sem gente
o tempo que passa, que passa sem pressa
espera ali juntar.outro amor de repente